Alfabetização através de jogos
JOGOS E SEUS DESAFIOS NO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM
Por
que as crianças brincam? Será que brincar e coisa só de criança? E possível
brincar ensinando, ou e possível ensinar brincando? Ha tempo para brincar e tempo
para estudar? Brincadeira é coisa séria? (MARINHO, et al. 2007).
Brincar,
jogar, através destas ações, as crianças aprendem muitos conhecimento
relevantes, atitudes, hábitos, como persistência para conseguirem seus objetivos;
superação de limites, de desafios e para resolverem conflitos; seleção e
testagem de estratégias, para aplicarem a situações diferenciadas; cooperação
com seus colegas, parceiros e oponentes; respeito opiniões e a regras. Assim, a
importância do jogo e das atividades lúdicas, durante o processo de
aprendizagem, tanto na educação infantil, quanto nas séries iniciais do Ensino Fundamental,
tem sido evidenciada por vários estudiosos que tratam da aprendizagem e do
desenvolvimento, Aguiar (2002); Freire (1989, 2002); Benjamin (1984); Brotto (1997,
2001); Bruhns (2000); Marcelino (1999); Chateau (1987); Murcia (2005);
Kishimoto (1993); Mello (1989, 1993); Petry (1986); Santos (1998, 2000) entre
outros.
O caráter socializador da Educação Física, especialmente
nas atividades lúdicas (físicas, recreativas), trabalhadas com as crianças na
faixa etária de 04 a 11 anos, ganha espaço cada vez maior nas práticas pedagógicas
dos professores, pois favorece e muito o desenvolvimento global, psicomotor,
dos educandos, colaborando, de certa forma, no processo ensino-aprendizagem,
especialmente na alfabetização e no letramento. Explorando a aspecto socializador
do jogo, quando aplicamos uma atividade em sala de aula ou fora dela,
percebemos que a criança se torna ela mesma, livre de cobranças, de regras rígidas,
entregando-se as regras do prazer, da convivência, da diversão, exercitando sua
imaginação, fantasia e criatividade. Por isso, o cotidiano da sala de aula pode
e deve ser sempre interessante, desafiador e surpreendente, envolvendo tanto o
professor quanto os alunos, de tal forma que o processo de ensinar e de
aprender se torne cativante e fascinante (MARINHO, 2007).
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) dão destaque aos jogos, como
ferramenta didática, evidenciando que, através de sua vivência ha uma intenção
do sujeito com o objeto, possibilitando a criança, atribuir significados aos conteúdos.
Evidenciam também que
o educador, ao utilizar os jogos como ferramenta, pode desenvolver sua prática pedagógica
através de multiplicidade de propostas. (MARINHO, 2007).
Deste
modo, o trabalho com jogos requer, assim como qualquer atividade pedagógica, organização
prévia, como: planejamento, adequação dos objetivos; preparação, adequação elaboração
de regras; execução das atividades explicando, demonstrando, elaborando
roteiros, motivando; avaliação continua dos resultados. Assim, o jogo e
reconhecido como meio de fornecer a criança, ambiente agradável, motivador,
planejado e enriquecido possibilitando aprendizagem de várias habilidades. Assim
sendo, no processo de alfabetizar e letrar o jogo ganha espaço surpreendente,
pois afirmamos que jogar e aprender caminham paralelamente, sendo que, e nesse contexto,
à hora lúdica (hora do jogo) retrata os desejos, os prazeres e as necessidades
das crianças, possibilitando nos construir e de reconstruir o conhecimento.
Alfabetização e
Letramento- Uma possibilidade de Intervenção. In:conexão UEPG. Universidade
Estadual de Ponta Grossa: Editora UEPG,2008. Disponível em: http:// www.uepg.br/revista conexão/edição
04/08.pdf
"Tão importante quanto o que se ensina e se aprende
é como se ensina e como se
aprende".
(César Coll)
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